Faixa

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A aprendizagem de maneira adequada à natureza infantil


A aprendizagem de maneira adequada à natureza infantil

A rotina da vida escolar da criança até 6 anos de idade é por meio da imagem , da música, dos contos de fadas, do desenho, do brincar espontâneo, do trabalho corporal (ritmo), tudo isso vinculados a Natureza, em um grande quintal sensorial, onde o vento, o Sol, a água, a terra, as plantas e os animais e até mesmo a Lua e os astros são recursos indispensáveis neste período da infância.

Patricia Fonseca
Pedagoga e Psicomotricista

Algumas crianças, hoje em dia, não conseguem se ajustar às exigências da vida moderna e apresentar resultados positivos dentro da sala de aula, mesmo possuindo uma inteligência adequada.

Educadores, professores, terapeutas, pais e mães necessitam mudar a forma de observar, de se relacionar e de entender as crianças e o seu processo de aprendizagem.

Por que a pedagogia Walforf constrói a aprendizagem de maneira adequada à natureza infantil?

Porque em uma escola Waldorf a aprendizagem dá-se paulatinamente, respeitando rigorosamente o desenvolvimento infantil das faixas etárias e se ajusta metodológica e didaticamente ao princípio regulador da aprendizagem, a pesquisa espontânea da criança por meio do brincar.

O processo da aprendizagem tem início no conhecimento e amadurecimento corporal (noção de corpo, tonicidade), ampliando-se para o domínio do ambiente espacial (estruturação espaço-temporal e equilibração), e representando-se nas capacidades de leitura, escrita e matemática.

O conteúdo escolar exigido pelo MEC é cultivado pela escola Waldorf ao longo de todos os anos escolares da seguinte maneira:

. Pelo fazer integrado e consciente das várias atividades corporais e manuais, da cultura, do artesanato e do cultivo da Natureza e dos trabalhos primordiais do Ser Humano.

. Pelo sentir através da produção e apreciação das diversas linguagens, das artes plásticas, musicais e cênicas.

. Pelo pensar, cultivado desde a imaginação dos contos de fadas até o rigoroso processo abstrato-científico próprio do ensino médio.

Vamos falar do processo de aprendizagem das crianças até 5 anos de idade:

Se atentarmos para a criança, em essência, ela é um ser imitador, é um ser sensorial anímico que, de uma maneira corpórea, está entregue ao ambiente que a circunda.

Então teremos que nos atentar essencialmente para que, nesta fase da vida, portanto, até à troca dos dentes, tudo atue “verdadeiramente” no ambiente que a circunda, de modo que a criança possa assimilar sensorialmente e elaborar em si tudo que vê, sente, toca, cheira e come.

Por isso, temos que considerar na estrutura pedagógica-didática todo este órgão sensorial, que é a base inicial para a vida futura da criança enquanto ser humano.

Portanto, o sistema rítmico biológico do corpo da criança, principalmente o sistema respiratório e o sistema circulatório, o que faz parte do ritmo regulador da nutrição. é o que predomina organicamente, e trata-se de orientar todo o ensino de maneira rítmica, de que o próprio professor seja, em si, um indivíduo com pendores para perceber este ritmo corporal de cada criança, de modo que na sala de aula reine este ritmo e compasso orgânico-sensorial.

Isto significa que, naquilo que empreendermos com a criança, naquilo que a criança deva fazer, precisamos fazer com ritmo predominando o sentir e a imagem. E, em tudo o que se desenrola entre o professor e a criança precisa reinar a música, o ritmo, o compasso e a melodia.

Já que o corpo da criança, até mesmo a sua troca de dentes, é de forma sensorial (físico-químico), exige que o professor tenha, em si próprio, uma espécie de musicalidade, musicalidade em toda a sua vida pedagógica-didática.

Por isso que a rotina da vida escolar da criança até 6 anos de idade é por meio da imagem, da música, dos contos de fadas, do desenho, do brincar espontâneo, do trabalho corporal (ritmo), tudo isso vinculados a Natureza, em um grande quintal sensorial, onde o vento, o Sol, a água, a terra, as plantas e os animais e até mesmo a Lua e os astros são recursos indispensáveis neste período da infância.

Reproduzido de Antroposofy
27 jan 2015

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Homens, Mulheres e "Crianças" no "pálido ponto azul"



Nessa sociedade em que vamos quase todos mais ou menos enredados pela Internet nos lares, escolas, ruas, e também incapazes de compreendermos o que se passa além de um palmo de nossos narizes, o filme retrata cenas do cotidiano e interesses dos personagens em uma comunidade norte-americana - homens, mulheres e crianças - entre seus desejos, sonhos não realizados e decepções na "sociedade de consumo" e das mídias digitais.

Parece-me que, de imediato, quase ninguém consegue perceber o que realmente se passa no interior do outro (e muito mal na vida cotidiana de ser criança e aluno), seja na vida em família, na escola ou nos outros cenários de nossas relações humanas, na "Vida Real" como se diz no filme.

Os dramas vão se desenvolvendo e provocando ações e reações a estimularem os personagens a tomarem suas decisões.

Ressalto da incapacidade daqueles que se fizeram de pais ou professores (des-orientados) a orientarem as crianças, sem absolutamente querer realmente saber, ou como des-cobrir que se passa na mente e coração de seus filhos/alunos. Até que pelas ações das próprias crianças é que parecem conseguir refletir alguma coisa, e entrar em "comunicação" com elas e seus pares adultos.

E, na escola, quem é que como professor consegue ajudar as crianças a lidarem com suas interrogações, para aquém ou além das tarefas inadiáveis do ensinar/aprender?

Pais e professores, lares e escolas colaboram (ou não) para a formação do caráter das crianças?

Imersos no mundo do mercado, e daquilo que nos é imposto para o consumo, nós nos consumimos entre dores e amores, esquecendo das possibilidades de apenas nos doarmos mais ao próximo...

E, no meio dessa vastidão do espaço com todas as suas possibilidades de manifestação da vida, quem somos nós com nossos pequenos, insignificantes ou grandes problemas e dramas, a vivermos nesse único "lar" que conhecemos - o planeta Terra - retratado como um pequeno e "pálido ponto azul" pela sonda Voyager? O "poema" de Carl Sagan citado no filme nos instiga a refletir mais sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos...

Fica aí a dica de Pedro Junior Silva para assistirmos e refletirmos...

Leo Nogueira Paqonawta

Publicado em Facebook
26 jan 2015

sábado, 24 de janeiro de 2015

Publicidade infantil: Quanto valem as crianças?


Quanto valem as crianças?

Por que certos interesses reagem, com fúria mercantilizante, à lei que defende infância conta violência simbólica da publicidade.

Por Lais Fontenelle

As crianças estão sendo precificadas por um mercado que quer lucrar com sua vulnerabilidade. Em reação à resolução do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), que condena a publicidade infantil, a Mauricio de Souza Produções encomendou pesquisa sobre os impactos, pretensamente catastróficos, dessa proibição na economia do país.

Segundo ela, o fim da publicidade dirigida à criança custaria ao mercado R$ 33,3 bilhões, 728 mil empregos e R$ 6,4 bilhões em salários, além de uma queda de R$ 2,2 bilhões na arrecadação de impostos. Uma conta rápida revela que, considerando-se o universo de 40 milhões de crianças com até 12 anos, cada uma delas custaria cerca de R$ 825 – e que é de fato lucrativo explorar a vulnerabilidade infantil.

O que a pesquisa não leva em consideração é que a saúde física e emocional das crianças não pode ser precificada. Os custos de qualquer tipo de exploração da infância são sempre muito mais altos para a sociedade do que qualquer conta. A infância é o prefácio de um mundo mais “lucrativo” em termos sociais, ambientais e também econômicos – e se realmente acreditarmos nisso, devemos protegê-las com absoluta prioridade.

Resolução 163 do Conanda, publicada em abril, esclarece aquilo que o Código de Defesa do Consumidor já prevê, ao dizer que toda publicidade dirigida às crianças é abusiva e, portanto, ilegal. Ela pleiteia não o fim de produtos e serviços infantis, mas o redirecionamento da mensagem comercial. Redirecionar a publicidade para os adultos é uma postura ética, legal e lucrativa – já que, quando as mensagens publicitárias são destinadas a indivíduos maduros, cientes de seus direitos e deveres, o resultado tende a ser uma prática equilibrada de consumo. São os adultos que devem decidir pelo bem de suas crianças e, portanto, é com eles que a comunicação tem que acontecer.

Quando a publicidade opta por dirigir-se estrategicamente às crianças, indivíduos em estágio de formação e, portanto, mais imaturos e vulneráveis, seu poder de influência não encontra praticamente nenhuma resistência. Os apelos emocionais de um tsunami de comerciais e promoções encontram então correspondência direta na afetividade infantil e o que ocorre é uma adesão imediata e persistente aos infinitos “desejos” ofertados pela publicidade.

O resultado desse ato é, antes de tudo, uma grande violência simbólica contra o bem-estar das crianças, além de fator de desequilíbrio generalizado, já que a publicidade é considerada uma das causas de problemas como obesidade infantil, exploração sexual, consumo precoce de álcool e tabaco – questões que pesam sobre a infância e toda a sociedade, a economia e o Estado.

Nenhum tipo de desenvolvimento econômico, tecnológico ou científico deve ser mais importante que o desenvolvimento biofísico, psicológico e educacional de uma única criança. O custo econômico e social do consumismo está aí para quem quiser ver – nos problemas ambientais, na violência, na falta de saúde de crianças e adultos.

Reproduzido de Outras Palavras

24 jan 2015

Leia também, "A batalha pela publicidade infantil", por Paloma Rodrigues (22/12/2014) na Carta Capital,clicando aqui.

Assista e reflita: Em depoimento a Carta Capital, Ekaterine Karageorgiadis, advogada do Instituto Alana, explica a publicidade infantil e seus malefícios.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Qual é o sentido da vida? Neil deGrasse Tyson responde a um menino de 6 anos


Qual é o sentido da vida? Neil deGrasse Tyson responde a um menino de 6 anos

O astrofísico Neil deGrasse Tyson fazia uma palestra no Wilbur Theatre, de Boston, quando Jack, de 6 anos, perguntou a ele qual era o sentido da vida.

No vídeo abaixo (em inglês, legendado) vemos que Tyson fica surpreso com a pergunta, mas ao mesmo tempo elogia o pequeno: "quando adulto você terá os pensamentos mais profundos", diz ao menino.

"Acho que as pessoas fazem essa pergunta achando que o significado é algo palpável que possa ser encontrado (...) e não consideram a possibilidade de que o significado da vida é algo que você pode criar", explica. "Para mim o significado da vida é aprender algo diferente hoje, algo que eu não sabia ontem. E isso me deixa mais próximo de conhecer o que pode se conhecer no Universo, só um pouco mais perto, independente do quão distante está o conhecimento total. Se eu não aprendo nada, o dia foi desperdiçado. E por isso não entendo quem entra em férias da escola e diz 'é verão e eu não preciso pensar mais'".

Confira o vídeo:

Reproduzido de Revista Galileu . Luciana Galastri
20 jan 2015

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Brasil Pátria Educadora e Direitos Humanos: Consulta pública aberta até 23/01/2015


Brasil Pátria Educadora e Direitos Humanos: Consulta pública aberta até 23/01/2015

Acessem o formulário e enviem suas sugestões e comentários até 23/01/15 à SDH para o planejamento do órgão

"A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) inova ao propor o seu planejamento para os próximos quatro anos de forma participativa.  A partir desta quarta-feira (14), a sociedade civil poderá contribuir por meio de consulta pública disponibilizada no site da SDH com sugestões sobre como as políticas públicas em Direitos Humanos podem integrar o novo lema do Governo Federal: Brasil, Pátria Educadora. A consulta ficará disponível até 23 de janeiro.

Segundo a ministra Ideli Salvatti ter uma pátria educadora exige a contribuição de toda a sociedade, não apenas da rede formal de educação: “Queremos ouvir o que os direitos humanos têm a contribuir com uma pátria educadora, para que tenhamos uma pátria de respeito absoluto aos Direitos Humanos”, disse a ministra."

Reproduzido de SDH
16 jan 2015


Acesse o link do FORMULÁRIO para preenchimento e, clique em ENVIAR.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

14ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis abre inscrições para filmes


“O Balãozinho Azul” de Fauston da Silva (DF) foi o Melhor Filme – Júri Especial das Crianças em 2014

14ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis abre inscrições para filmes

Evento pioneiro no país contará com programação competitiva e não-competitiva, além de debates, encontros e palestras sobre o atual momento do audiovisual brasileiro para crianças.

A partir desta quinta-feira (08/01) estão abertas até 7 de março as inscrições para a 14ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, que ocorre no Teatro Governador Pedro Ivo Campos, de 5 a 14 de junho de 2015. Podem participar da seleção produções nacionais de todos os gêneros e formatos de curta-metragem, preferencialmente inéditas em Santa Catarina.

As obras serão exibidas na mostra competitiva e não-competitiva. Em uma parceria com a TV Brasil, o festival premia o Melhor Filme de Animação, de Ficção e a Melhor Série, escolhidos por um Júri Oficial, e também dá voz as crianças, com o Prêmio Especial escolhido pelo público infantil. Todos receberão o prêmio aquisição da TV Brasil no valor de R$ 5 mil.

O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis em:

Todo o processo é online, incluindo o envio dos filmes. A relação das obras selecionadas será divulgada no início de abril.

Os filmes inscritos e selecionados serão exibidos gratuitamente aos estudantes da rede pública e particular de ensino durante os dias de realização da Mostra e em mostras itinerantes em comunidades na Grande Florianópolis e outros municípios catarinenses.

Em 2014, por meio do Circuito Estadual de Cinema Infantil, o evento – um dos únicos no Brasil voltados à produção audiovisual com linguagem para crianças e adolescentes – atingiu cerca de 100 mil espectadores em todo o estado, com exibição de mais de 80 filmes da produção brasileira atual.

A Mostra, pioneira no país, promove o fortalecimento e a circulação do cinema brasileiro voltado às crianças e jovens e discute questões ligadas à educação, à cultura e ao audiovisual para a infância, além de promover uma ampla inclusão social. É uma realização da Lume Produções Culturais, com apoio do Núcleo de Ação Integrada e patrocinadores.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail
ou pelo telefone (48) 3065 5058.

08 jan 2015