Faixa

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

“Constelações”, o novo livro de Severino Antônio


“Constelações”, o novo livro de Severino Antônio

É com a conhecida delicadeza no uso das palavras de seu escritor que o livro “Constelações” dá espaço e voz às crianças, apresentando, por meio de textos e pequenos poemas, a experiência da escuta poética de Severino Antônio com os pequenos.

“A matriz criadora deste livro é precisamente a conversa com as crianças, o acolher a escuta poética que elas fazem. Contrariamente à etimologia da palavra infante, a infância tem voz e precisa ser ouvida.” Assim como Severino escreve na introdução do livro, as 72 páginas de “Constelações“ trazem a reflexão da criança como sujeito, “sujeito ativo e criador de conhecimento e de vida. Sujeito que precisa de diálogos para a educação de sua inteligência, de sua sensibilidade, de sua imaginação”, como afirma o escritor. O livro tem objetivo de conversar poeticamente com leitores de diferentes idades, de dialogar com eles suas experiências de escrever e reescrever o texto da sua existência.

“Os textos, expostos no livro, são impressionantes, parecem criados por grandes escritores, artistas, pensadores. Representam a capacidade de linguagem e de pensamento das crianças, de todas as crianças: não há vida que seja desprovida de sensibilidade, de inteligência, de imaginação. Infelizmente, essa capacidade vai sendo destruída ao longo da vida”, explica o escritor, que defende questões permanentes como não dissociar inteligência e sensibilidade, principalmente na educação das crianças; educar os adultos para que escutem as crianças e valorizem as perguntas filosóficas e imagens poéticas que elas criam; poetizar o pedagógico, para que não seja desfigurado o desejo de conhecer e a alegria de pensar.

A obra é dividida em duas partes. A primeira leva ao leitor textos criados com vozes e histórias de crianças, suas imagens poéticas, suas perguntas filosóficas e seus fazeres criadores. Já na segunda parte do livro uma constelação é formada com pedaços de poemas e outros pequenos poemas; são evocações e invocações com ressonâncias e correspondências. O livro constitui de uma poética de reencantamento do mundo, que concebe a poesia como raiz da linguagem e utopia da palavra.

“Constelações” é o segundo livro do escritor pelo selo Adonis e o primeiro da série “Amigos da poesia”, que reúne a publicação de grandes nomes e revelações da poesia nacional, dentre eles, Rubem Alves, Tarcísio Bregalda, Regis de Moraes, Carlos Rodrigues Brandão e Margareth Brandini Park.

Reproduzido de Azul celeste
12 mai 2014

Currículo Lattes do autor, clicando aqui.

Áudio de entrevista a Marilu Cabañas (Rede Brasil Atual) clicando aqui.



Educar é criação de sentido, formação humana. Essa é a concepção que atravessa as páginas deste livro, que traz uma breve constelação de experiências criativas a ser feitas com crianças, para desenvolver sua capacidade de linguagem e pensamento, de diálogo e convivência, e também para que possam se reconhecer e ser reconhecidas como autoras de palavras, de ideias, de imagens, de ritmos. 

Severino Antônio
Cursou Letras e, mais tarde, o Mestrado e o Doutorado em Educação. Faz quarenta anos que trabalha com ensino de Redação e Leitura, Literatura, Filosofia, e também com formação de professores. Tem ministrado palestras e cursos em muitos lugares do Brasil sobre a questão do desenvolvimento da capacidade de criação no escrever, no ler, no pensar. É professor do Programa de Mestrado em Educação Sociocomunitária Unisal-SP. 

Katia Tavares 
Graduada em Serviço Social e Mestre em Educação pela PUC-Campinas, professora, psicopedagoga, especialista na teoria e programa de desenvolvimento cognitivo e avaliação da aprendizagem, de Reuven Feuerstein, do Centro Internacional de Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem (ICELP), de Jerusalém, Israel. Tem formação em pedagogia Waldorf e fundamentação em Antroposofia; formação em Terapia Biográfica (cursando) e em Filosofia para crianças, de Matthew Lipman. Atualmente é professora no Colégio Drummond, em Lorena (SP), e psicopedagoga no Colégio Emílio Ribas, em Pindamonhangaba (SP). Ministra palestras sobre educação e desenvolvimento humano e áreas afins.


Reproduzido de Editora Adonis

Outras obras do autor:

"Uma pedagogia poética para as crianças" (Adonis, 2013)
"Uma nova escuta poética da educação e do conhecimento" (Paulus, 2009)
"A menina que aprendeu a ler nas lápides" ( Biscalchin, 2008)
"O visível e o invisível" (Verus, 2008)
"Poetizar o pedagógico" (Biscalchin, 2012)
"Escrever é desvendar o mundo" (21ª edição, Papirus, 2010)
"A Irmandade de todas as coisas - diálogo sobre Ética e Educação"(Ed. Diálogos do Ser, 2010)
"Novas Palavras" (FTD, 2011)
"A utopia da palavra" (Lucerna, 2002)
"Educação e Transdisciplinaridade" (Lucerna, 2002)



domingo, 18 de maio de 2014

Quebec/Canadá: a publicidade dirigida aos jovens de até 13 anos foi banida


A Província de Quebec, no Canadá, é um dos poucos lugares do planeta - senão o único - onde a publicidade dirigida aos jovens de até 13 anos foi banida

Marcus Tavares

Recente estudo publicado pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) informa que a Província de Quebec, no Canadá, é um dos poucos lugares do planeta - senão o único - onde a publicidade dirigida aos jovens de até 13 anos foi banida. A medida foi tomada há três décadas. A informação, que consta da publicação ‘Publicidade e criança: comparativo global da legislação e da autorregulamentação’, chama a atenção e aguça a curiosidade. Afinal, como seria viver num local sem nenhuma publicidade dirigida às crianças?

Tive a oportunidade de entrevistar uma mãe que viveu sete anos em Quebec, com seus três filhos, na época com 7, 8 e 15 anos. De volta ao Brasil, no início do ano, ela sentiu grande diferença. Não há consumo em Quebec? Sim, mas é diferente, prezando o conforto e a qualidade. Por aqui, ela afirma que há um consumismo desenfreado, efêmero e ligado ao status. E mais: um consumo fortemente ditado pela moda, pelos meios de comunicação, pela publicidade.

As crianças compram brinquedos? Sem dúvida, porém na perspectiva da qualidade, durabilidade e solidariedade. Feiras de trocas de brinquedos são incentivadas. Há festas infantis, mas regadas a frutas e saladas. E tecnologia - celular, tablets, computadores pessoais - não é ‘brinquedo’ de criança. Muito menos entra na sala de aula. Perguntei se a infância de seus filhos foi prejudicada pela falta de publicidade. “Imagina”, me respondeu.

Pode-se achar que esta ‘cultura’ nunca vai chegar ao Brasil. Talvez a minha geração não presencie, mas este é um processo que aos poucos vai se firmar. Seja por uma conscientização da própria sociedade - torço para que isso aconteça cada vez mais - sobre o repensar das atuais práticas de consumo que não, não dialogam com a sustentabilidade, saúde, solidariedade, ética e direito. Seja por uma imposição dos governos, a partir de legislações específicas.

Ações de certa forma legítimas quando bem fundamentadas, como a questão da obesidade infantil. Seja por uma nova era das empresas que sabem, internamente, que terão que repensar suas estratégias e reposicionamento de marcas. Elas não têm outra saída se quiserem se manter vivas. Seja por um colapso de todo um sistema que propicia, ao fim e ao cabo, a violência, ganância, competitividade, injustiça e a autodestruição do planeta. Afinal, o ter é mais importante que o ser, nos dias de hoje.

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Marcus Tavares é professor e jornalista especializado em Educação e Mídia

Reproduzido de O Dia
17 mai 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

III Seminário Universidade e Escola: UFRGS . Porto Alegre . 07 de junho de 2014


Clique na imagem para ampliar

III Seminário Universidade e Escola

Dia 07 de junho de 2014 (Sábado)
Av. Paulo Gama 110
Farroupilha . Porto Alegre. RS

O Seminário abordará a criança atual - a família, a escola e a mídia

Dia 7 de junho, acontece III Seminário Universidade e Escola a qual abordará a criança atual – a família, a escola e a mídia. A atividade ocorre das 8h às 18h, no Salão de Atos da Reitoria (Av. Paulo Gama 110). Será fornecido pela Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS certificados. A terceira edição do seminário reúne especialistas, profissionais e a comunidade para discutir consumismo na infância e prevenção das doenças crônicas não comunicáveis desde os primeiros meses de vida. A atividade é gratuita sem taxa de inscrição.

As inscrições para o Seminário e para a Mostra de trabalho acontece aqui. A data limite para o envio dos trabalhos para exposição na Mostra será até o dia 19 de maio e a divulgação ocorrerá no dia 24 de maio.

Mais informações mande e-mail para prevencaoinfantil-prorext@ufrgs.br ou ligue 4004-2991.

Reproduzido de PROEXT/UFRGS

sábado, 10 de maio de 2014

Uma lição de ética sobre publicidade infantil, por Clóvis de Barros Filho

Uma lição de ética sobre publicidade infantil

Clóvis de Barros Filho* aborda os dilemas éticos do nosso tempo e de como falar diretamente à criança através da publicidade infantil é claramente uma violação ética.

O vídeo foi gravado especialmente para o 1º Fórum Prioridade Absoluta – Criança em Primeiro Lugar.

Via Instituto Alana . Prioridade Absoluta
25 abr 2014



* Clóvis de Barros Filho  é Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (1986), Bacharel em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero (1985), Mestre em Science Politique - Universite de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (1990) e Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2002). Livre-Docência pela Escola de Comunicações e Artes da USP (2007). Professor de Ética na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Professor de Filosofia Corporativa da HSM Educação (2013), Pesquisador e Consultor em Ética da UNESCO, Pesquisador e Conferencista pelo Espaço Ética. É colunista de Ética da Revista Filosofia Ciência & Vida.

Fonte: CNPq

“A rua como um espaço perigoso para a infância é uma invenção”, diz urbanista João Whitaker

João Whitaker (esq.) 

“A rua como um espaço perigoso para a infância é uma invenção”, diz urbanista

O sistema das cidades está saturado. A forma de urbanização do Brasil gerou um passivo urbano desastroso para as crianças que, ou estão presas em condomínios, ou na informalidade absoluta. Se o hoje é ruim, o amanhã pode ser pior. A lógica do consumo cria a cultura do carro desde cedo. A verticalização rouba o horizonte, o sol e a circulação de ar. Ainda assim, a solidificação da ideia de que a rua é um lugar perigoso para as crianças é uma invenção alimentada pelo mercado imobiliário para vender edifícios de segurança máxima.

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Essas são algumas das conclusões de João Whitaker, urbanista e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), durante a mesa de fechamento do I Fórum Prioridade Absoluta – Criança em Primeiro Lugar, que aconteceu nesta quinta-feira, 23/4, no Sesc Consolação, em São Paulo.

O evento, organizado pelo Instituto Alana, realizou três dias de debates intersetoriais sobre a infância, balizados pelas áreas de atuação do projeto: Educação, Espaço Público, Mídia e Comunicação e Sistemas de Garantias. O propósito do evento, que pretende se expandir para outras cidades do país e aprofundar discussões e ações concretas pela infância, é garantir a aplicação do artigo 227 da Constituição Federal, que coloca a criança como prioridade absoluta nos planos do país.

A mesa de encerramento “As crianças, a mídia e a cidade”, além de contar com o professor de arquitetura, também teve a presença de Rodrigo Nejm, da ONG Safernet, Salomão Ximenes, da Ação Educativa, Diego Medeiros, defensor público e membro do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e Júlio Pompeu, que estuda as relações entre consumo e violência. Os palestrantes buscaram debater as interfaces entre ética, consumo, cidade e espaços públicos – virtuais ou não – para a infância. Um desses exemplos, já em prática e eixo do prioridade absoluta, é o Ruas de Lazer.

Cidade das crianças

Ao responder uma pergunta da plateia sobre o que seria uma cidade ideal, Whitaker lembrou de uma canção d’Os Saltimbancos, musical infantil adaptado por Chico Buarque, na qual se discute a cidade ideal. De início, o cachorro gostaria que houvesse um poste por metro quadrado. A galinha, que a rua fosse cheia de minhocas. O refrão, no entanto, propõe uma síntese.

“O sonho é meu
e eu sonho que
Deve ter alamedas verdes
A cidade dos meus amores
E, quem dera, os moradores
E o prefeito e os varredores
Fossem somente crianças”

Para o professor, o que aparece nesse trecho é uma oposição ao conceito individual da cidade que, ao ser observado pelo universo infantil, é carregado senso de coletividade. “Quando você pede para uma criança desenhar uma cidade, ela é sempre verde, aberta, povoada de gente. Elas representam cidades coletivas porque a brincadeira é sempre coletiva, comunitária, aberta para todos e quanto mais melhor”, pondera.

Reside aí uma das soluções para o dilema apresentado no primeiro parágrafo deste texto. Para resgatar uma urbanização da cidade para as crianças e para todos, o primeiro passo seria mudarmos nossos padrões de consumo e de investimento público, deslocando-se da necessidade de um crescimento econômico sem limites, passando para um desenvolvimento que represente uma sociedade mais igual.
Para conferir a cobertura completa do evento e os materiais disponibilizados, confira o site do Prioridade Absoluta aqui.

Reproduzido de Prioridade Absoluta, por Pedro Ribeiro Nogueira
25 abr 2014



Como fazer da rua um espaço de lazer: clique aqui para saber mais.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Rebrinc: nova rede potencializa luta em defesa da infância


Rede Brasileira sobre Infância e Consumo

A Rede Brasileira sobre Infância e Consumo - Rebrinc, que começou a ser construída em junho de 2013, já possui no Facebook cerca de 400 membros de vários estados. Fazem parte da Rede atores sociais que possuem histórico na defesa dos direitos da criança e do adolescente e no combate ao consumismo na infância. A proposta é potencializar esse trabalho de proteção da infância do assédio do mercado. A Rede pretende sensibilizar mães, pais, organizações, gestores públicos, profissionais de setores acadêmicos, educadores, entre outros profissionais, em torno da causa.

Escute à entrevista em Rádio Brasil Atual clicando aqui.

Reportagem Marilu Cabañas.

Na foto ativistas da Rebrinc no V Encontro em 25 e 26 de abril de 2014, São Paulo.
Autores: Leo Nogueira Paqonawta e Marilu Cabañas

Reproduzido de Rádio da Rede Brasil Atual
30 abr 2014